Ética
na sala de aula. Assim é difícil
Ao abordar o tema “Ética na sala de aula”, indispensável se faz esclarecer primeiro o que seja ética. Segundo consta nos dicionários de Aurélio e Houaiss é ”o conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano” e, também ''o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta do ponto de vista do bem o do mal “. Filosoficamente, é: “o estudo dos valores e normas que permeiam a conduta humana dentro da vida prática”. Entretanto, apesar desses ensinamentos, em todas as partes do mundo, a falta de ética, principalmente entre os mais jovens, tem sido constante e, quase sempre, mais frequente nas dependências das escolas.
A desordem, os casos de bullings a colegas e até agressão a professores e alunos são, lamentavelmente, fatos corriqueiros e persistentes na atualidade. É sabido e dispensa comentários que o aluno vai à sala de aula para estudar. Evidente que para aprender os ensinamentos que lhe são ministrados pelos PROFESSORES (e não tias ou tios). Isso, todavia, poderia ocorrer de forma pacata e ordeira. Todavia, nem sempre ocorre assim e muitos demonstram, cada vez mais, que lhes falta a devida e indispensável educação. Infelizmente, raros são aqueles que ainda sabem dizer: “OBRIGADO” ou “POR FAVOR” ou “LICENÇA”.
Para que isso aconteça, torna-se necessário que cada aluno saiba diferenciar o certo do errado. Entretanto, para alguns, o errado é muito mais fácil e coerente, o que, em verdade, não é, e jamais deverá ser. Assim, correto, eticamente, é seguir o que é certo, mesmo que essa circunstância seja um pouco mais difícil ou, até mesmo, bem mais trabalhosa. Evidente está que para se atingir tal fim torna-se indispensável aprender a ser ético, já que ninguém nasce com esse dom, qualidade que só se adquire ao longo da vida.
E para que sejam alcançados tais objetivos, os jovens precisam levar para a escola os mais lídimos ensinamentos obtidos em casa, através dos pais, pois cabe a eles a incumbência principal de corrigir seus filhos, quando ainda jovens, para que, no futuro, equivocadamente, não venham prejudicar com seus erros e atitudes condenáveis seus semelhantes. Lembro bem, estando secretário de educação, que numa das minhas visitas, encontrei um aluno, (aparentando 12 anos) que, reclamando da escola, disparou: “é bom meter bala na escola”. Distraída, uma fazia desenhos na carteira, enquanto, ao seu lado, um colega saciava um saboroso pastel com um refrigerante sobre a carteira.
Próximo, um casal de adolescentes trocava caricias amorosas. Mais adiante, duas mães faziam renascença e, juntamente com uma merendeira colocavam as “notícias” em dias; afora o porteiro de bermuda e fumando um saboroso cigarro. A ética, claro está que não deva ser exclusiva na sala de aula, mais sim em todos os lugares.
Arnaldo Cícero Marques
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